A Irrequietude Motora designa uma actividade marcada, com uma quantidade excessiva de movimentos, sem ter uma implicação de patologia;
A Hiperactividade, aplica-se a diversos tipos de comportamento mal organizado, onde domina uma combinação de irrequietude e desatenção, inadequada para a idade, com grande intensidade e gravidade dos sintomas. Na Hiperactividade a criança dificilmente conseguirá ter ( mesmo que pequenos) momentos de atenção e concentração, não pára para brincar ou outras actividades, tem problemas graves no sono, e muita dificuldade em parar. A Criança Irrequieta embora com grande actividade consegue alguns momentos de tranquilidade, consegue descansar, consegue parar qundo as actividades lhe interessam.
Como defende João dos Santos, a irrequietude seria uma forma de reacção contra a ansiedade, e surge, muitas vezes de um fundo de depressão.
A criança, incapaz de pensar o sofrimento, utiliza o comportamento como forma de descarga. Age em vez de pensar.
O sintoma psicomotor inicial seria o sinal de uma tentativa de adaptação ao que exigem dela, um pedido de atenção ao seu sofrimento.
A instabilidade tem sempre a ver com uma espécie de fuga para a frente. Há qualquer coisa que leva a criança a não poder estar quieta, calada, silenciosa, a evitar pensar nos fantasmas mais ligados à realidade anterior.
A instabilidade seria, de algum modo, a procura da “estabilidade” de uma idade anterior, “ e, portanto, uma tentativa de “cura” da ansiedade a que conduz a insegurança”(João dos Santos, 2002)
De acordo com a escola Francesa, a problemática comum mais profunda situar-se-ia, numa carência no plano das interiorizações, e numa fragilidade no plano das identificações sexuais ( Salgueiro, 2002)
Malarrive e Bourgeois( 1976, cit. por Salgueiro, 2002), encontraram nas crianças hiperactivas distorções precoces na relação mãe-bebé.
A instabilidade remete para uma relação precoce frágil em que a criança não se pôde estruturar psiquicamente, construindo um “self” frágil com “objectos internos” frágeis. (Berger, 2001; Salgueiro, 2002).
São as marcas desse vivido precoce que perseguem a criança no seu interior, não lhe permitindo qualquer descanso (segurança).
A terapêutica essencial a instituir nas crianças irrequietas deverá consistir numa perspectiva sistémica, ou seja, em todas os sistemas em que a criança se encontra inserida (família, escola).
A intervenção deve incidir sobretudo na família e escola, que deverão garantir à criança estabilidade e segurança.
Com a família, importa sobretudo modular a relação pais-filhos, tornando-a menos inquieta, mais organizadora e afectivamente mais rica e contentora.
A escola deverá ajudar a criança a pensar melhor, criando situações de aprendizagem serenas e interessantes.
O tratamento/ acompanhamento destas crianças deve ser regular, contínuo e a longo prazo.
O tratamento farmacológico na Hiperactividade????
De acordo com Pedro Strecht assistimos, hoje em dia, a um aumento de crianças desnecessariamente medicadas.
Mais medicadas, não, necessariamente, melhor tratadas, porque ficará por perceber é que a hiperactividade e défice de atenção são meros sinais e sintomas.
Corre-se o risco de tratar sintomas ou doenças e esquecer crianças ou doentes.
Como refere Strecht , a principal tarefa perante uma criança hiperactiva é sempre compreender a origem, o porquê, os significados latentes, desses mesmos sintomas.
Medicar sem compreender é como pôr a chupeta a um bebé sem perceber porque chora.
Não é melhor ver porque chora? Se é fome ou cólicas intestinais?
Voltando à nossa questão: A prescrição da medicação deve ser bastante moderada, devido aos riscos que lhes estão associados ( Berger, 2001;Salgueiro, 2002).
Taylor ( 1986, cit. por Salgueiro, 2002) num estudo que realizou, com crianças hiperactivas observou que os psicofármacos podem ter efeitos secundários importantes em certas crianças, tais como:
Atraso no crescimento e perda de apetite (mais frequentes)
Crises convulsivas, taquicardia, hipertensão, agravamento de tiques, estados disfóricos (menos frequentes).
Desta forma, e como defende Berger (2001), a medicação pode ser prescrita de forma bem moderada, supervisionada regularmente, nas seguintes condições:
Quando a criança corre risco de exclusão escolar ou familiar em virtude do seu comportamento.
Quando existe um desafio cognitivo imediato, com risco de retenção para a criança, ou quando esta não consegue aprender devido à falta de atenção.
Porém, sempre, e em simultâneo, a criança deve seguir um tratamento psicoterapêutico.
“Por detrás do que se vê, existe qualquer coisa de mais profundo, menos fácil, um lado lunar, mas infinitamente mais bonito e poético do que a própria vida afinal.
Esquecê-lo é ignorar. Descobri-lo é dar.
Como quem entende os silêncios do que não é dito.
Como quem sabe o que se estrutura para além de uma fachada.
Fala através de ti, com o pedaço de criança que ainda tiveres vivo, e verás o que elas te dizem. Também aí as crianças só falam do que estivermos preparados para ouvir.
Talvez por isto se vejam cada vez mais crianças a quem é colocado o rótulo de hiperactividade com défice de atenção." (Strech, 2005)
A Hiperactividade, aplica-se a diversos tipos de comportamento mal organizado, onde domina uma combinação de irrequietude e desatenção, inadequada para a idade, com grande intensidade e gravidade dos sintomas. Na Hiperactividade a criança dificilmente conseguirá ter ( mesmo que pequenos) momentos de atenção e concentração, não pára para brincar ou outras actividades, tem problemas graves no sono, e muita dificuldade em parar. A Criança Irrequieta embora com grande actividade consegue alguns momentos de tranquilidade, consegue descansar, consegue parar qundo as actividades lhe interessam.
Como defende João dos Santos, a irrequietude seria uma forma de reacção contra a ansiedade, e surge, muitas vezes de um fundo de depressão.
A criança, incapaz de pensar o sofrimento, utiliza o comportamento como forma de descarga. Age em vez de pensar.
O sintoma psicomotor inicial seria o sinal de uma tentativa de adaptação ao que exigem dela, um pedido de atenção ao seu sofrimento.
A instabilidade tem sempre a ver com uma espécie de fuga para a frente. Há qualquer coisa que leva a criança a não poder estar quieta, calada, silenciosa, a evitar pensar nos fantasmas mais ligados à realidade anterior.
A instabilidade seria, de algum modo, a procura da “estabilidade” de uma idade anterior, “ e, portanto, uma tentativa de “cura” da ansiedade a que conduz a insegurança”(João dos Santos, 2002)
De acordo com a escola Francesa, a problemática comum mais profunda situar-se-ia, numa carência no plano das interiorizações, e numa fragilidade no plano das identificações sexuais ( Salgueiro, 2002)
Malarrive e Bourgeois( 1976, cit. por Salgueiro, 2002), encontraram nas crianças hiperactivas distorções precoces na relação mãe-bebé.
A instabilidade remete para uma relação precoce frágil em que a criança não se pôde estruturar psiquicamente, construindo um “self” frágil com “objectos internos” frágeis. (Berger, 2001; Salgueiro, 2002).
São as marcas desse vivido precoce que perseguem a criança no seu interior, não lhe permitindo qualquer descanso (segurança).
A terapêutica essencial a instituir nas crianças irrequietas deverá consistir numa perspectiva sistémica, ou seja, em todas os sistemas em que a criança se encontra inserida (família, escola).
A intervenção deve incidir sobretudo na família e escola, que deverão garantir à criança estabilidade e segurança.
Com a família, importa sobretudo modular a relação pais-filhos, tornando-a menos inquieta, mais organizadora e afectivamente mais rica e contentora.
A escola deverá ajudar a criança a pensar melhor, criando situações de aprendizagem serenas e interessantes.
O tratamento/ acompanhamento destas crianças deve ser regular, contínuo e a longo prazo.
O tratamento farmacológico na Hiperactividade????
De acordo com Pedro Strecht assistimos, hoje em dia, a um aumento de crianças desnecessariamente medicadas.
Mais medicadas, não, necessariamente, melhor tratadas, porque ficará por perceber é que a hiperactividade e défice de atenção são meros sinais e sintomas.
Corre-se o risco de tratar sintomas ou doenças e esquecer crianças ou doentes.
Como refere Strecht , a principal tarefa perante uma criança hiperactiva é sempre compreender a origem, o porquê, os significados latentes, desses mesmos sintomas.
Medicar sem compreender é como pôr a chupeta a um bebé sem perceber porque chora.
Não é melhor ver porque chora? Se é fome ou cólicas intestinais?
Voltando à nossa questão: A prescrição da medicação deve ser bastante moderada, devido aos riscos que lhes estão associados ( Berger, 2001;Salgueiro, 2002).
Taylor ( 1986, cit. por Salgueiro, 2002) num estudo que realizou, com crianças hiperactivas observou que os psicofármacos podem ter efeitos secundários importantes em certas crianças, tais como:
Atraso no crescimento e perda de apetite (mais frequentes)
Crises convulsivas, taquicardia, hipertensão, agravamento de tiques, estados disfóricos (menos frequentes).
Desta forma, e como defende Berger (2001), a medicação pode ser prescrita de forma bem moderada, supervisionada regularmente, nas seguintes condições:
Quando a criança corre risco de exclusão escolar ou familiar em virtude do seu comportamento.
Quando existe um desafio cognitivo imediato, com risco de retenção para a criança, ou quando esta não consegue aprender devido à falta de atenção.
Porém, sempre, e em simultâneo, a criança deve seguir um tratamento psicoterapêutico.
“Por detrás do que se vê, existe qualquer coisa de mais profundo, menos fácil, um lado lunar, mas infinitamente mais bonito e poético do que a própria vida afinal.
Esquecê-lo é ignorar. Descobri-lo é dar.
Como quem entende os silêncios do que não é dito.
Como quem sabe o que se estrutura para além de uma fachada.
Fala através de ti, com o pedaço de criança que ainda tiveres vivo, e verás o que elas te dizem. Também aí as crianças só falam do que estivermos preparados para ouvir.
Talvez por isto se vejam cada vez mais crianças a quem é colocado o rótulo de hiperactividade com défice de atenção." (Strech, 2005)
ola o meu filho nao e hiperactivo ja fizemos o rastreio ate potque e uma criança de 6 anos que gosta de ver tv adora escola e ate e muito inteligente para a idade ate,mas e uma criança estremamente desinquieta que leva qualquer um a exaustao digo isto porque sou auxiliar de educaçao e tomo conta de crianças e sei como e sair a rua com ele para mim e ate para ele e o panico alguem ficar com ele bem isso e muito raro ele ja foi visto poucas vezes mas foi pela psicologa do centro de saude visto que nao tenho possibilidades para pagar uma particular mas as do centro de saude ta sempre tudo bem nada fazem e eu tambem nao sei que faça apesar de tentar ser uma boa mae e de apesar de tudo ama-lo muito
ResponderEliminarboa tarde, tenho dois filhos, um vai fazer 5 anos e o outro fez 3 anos em maio, ambos são demasiado irrequietos, não obedecem a ninguém, não dormem, não se entretém com nada, partem tudo. Apesar dos castigos que tanto eu como o meu companheiro lhes damos não servem de emenda pois 2 minutos a seguir estão a fazer igual ou mesmo pior. Já pedi ao médico, à escola para serem vistos por um psiquiatra pois o comportamento deles não é normal principalmente quando se juntam os dois. Já não sei o que fazer pois ninguém quer saber nem faz nada para ajudar. Desde que nasceram que não sei o que é dormir nem descanso pois eles passam a noite a acordar de hora a hora, já tentei dar um suplemento alimentar que os acalmasse “Pandicalm” mas nem isso faz efeito neles… o corpo do mais novo é só nódoas negras das quedas que dá, vai contra paredes, já entornou uma caneca de chá a ferver do meu pai para cima dele e mesmo assim não aprende nem acalma de maneira nenhuma, a minha própria familia não aguenta passar mais de 5 minutos com ele graças ao seu comportamento… O que posso fazer para o ajudar, tou a entrar em desespero pois não sei o que fazer, tento fazer com que gastem as energias na rua, tento manter o ambiente calmo em casa mas nada resulta.
ResponderEliminarEsta ajudando me a compreender diversos comportamentos de pessoas sem nehuma implicacao patologicas. Sao criancas dominadas por uma quantidade excessivas de movimento nas diversas actividades aos mesmo tempo. Influenciados pela irrequietude, e desatençao nas brincadeiras.
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